Wednesday, January 3, 2007

A Raquete de Ping-Pong

A tua face bonecheirona, como uma criança acanhada e tímida. O teu contemplar melancólico e alheado, embrenhado numa inteligência distinta que te leva a desprezar quem se aproxima de ti: Complexo de superioridade, ou receio de amar? És diferente, ou igual a mim? Em ti me dissipo, em ti me revejo, no teu modo de ser, no que rediges mas não exprimes oralmente. Como por vezes me ignoras mas, inesperadamente, direccionas o teu olhar no meu, e sorris. És calor e frio ao mesmo tempo, paixão e mágoa agarradas. Se recito um poema sobre beijos, ecos e canhões, cedes e declamas versos de beijos sussurados na boca. Podia dar-te tudo o que desejasses, se somente me pedisses. Mas como não o fazes, nem coragem tenho para te oferecer uma raquete de ping-pong.

1 comment:

H said...

perhaps I'm wrong, perhaps not. Sometimes failure, it's life best way of growing up and moving foward. Sometimes, but just sometimes if we risk all in a move, even if that move is a failure, all the next moves could make all the sense. Just feeling mellow...
Grande post mano