Sunday, February 24, 2008

Final Fantasy

Por tempos indefinidos, por vezes perco-me em mundos imaginários.
Dimensões provindas de fantasias retiradas das mais belas aventuras.
Mas não é a beleza de uma verdade inexistente que me prende.
Nem sequer a realidade que à volta do meu ser permanece.

É o receio. É o medo de olhar para dentro. Admitir todas as imperfeições.
Reconhecer um passado, um presente e um futuro distantes de sonhos outrora verdadeiros.

E é por isso que por vezes corro e escapo de mim próprio.

Mas não interessa se sou rápido. É indiferente os quilómetros que percorro, ou o tempo que entretanto se perde.
E pode até ser um, cinco ou mesmo 26 anos. Porque chega um ponto em que fico cansado e olho para trás.

E, nessa altura, sentamo-nos e conversamos.

De preferência numa montanha com vista para o mar.

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